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O Setor Norte do Gama, foi projetado para ter 5 quadras, somente as quadras 1 e 2 foram consolidadas, ficando encravada em espaço urbano, uma área de 59,2 Hectares com vegetação típica de Cerrado e fitofisionomia de Campo de Murundu.
De acordo com relatos dos moradores que conheceram aquela área nos primórdios da cidade, era um local de terreno alagado e por onde água minava com facilidade, a dificuldade e custo de se construir em terreno brejado foi o motivo da não consolidação das 3 quadras faltantes.

Podemos considerar como documento histórico inicial o Decreto 4.225/78, que aprovou o parcelamento do solo que temos conhecimento para aquela área, sendo sucedido pelo Decreto 8.577/85, que revogou o decreto anterior. 

Em meados da década de 90, uma fração considerável do PUVG foi desmatada para dar lugar a um estacionamento para a realização das festividades da antiga FAGAMA e em 1998 as Autoescolas da cidade, juntamente com o DETRAN, começaram a utilizar o local para suas atividades, realizando testes e treinamento na área.

Ainda em 1998, o deputado César Lacerda redigiu e aprovou a Lei 1.959/98, que criava o já existente Parque Urbano e Vivencial do Gama, eventualmente a lei foi declarada inconstitucional no de 2008 pelo TJDFT por vício de iniciativa, seguindo a jurisprudência consolidada de que somente ato do Executivo pode dispor sobre a ocupação e destinação do solo.

O PEG é uma típica área de Cerrado que compreende em sua poligonal uma fração importante de uma fitofisionomia conhecida como Campo de Murundu (Campo Cerrado), que são micro topografias circulares ou elípticas presentes nas vertentes e nas cabeceiras de drenagem, que permanecem temporária ou permanentemente alagadas pelas águas da chuva e pelo nível do lençol freático, e com a presença de micro relevos internos. Estão amplamente distribuídas nas formações savânicas tropicais  do Cerrado. 

São áreas importantes por prestarem inúmeros serviços ambientais, tais como: agregar fauna e flora endêmicas, estocar e regular o fluxo hídrico na bacia hidrográfica, filtrar e reter sedimentos e contaminantes, possuir intensa atividade biológica, estocar carbono, entre outros.


A área do PEG é como uma grande esponja natural a céu aberto, que absorve as águas da chuva e abastece os lençóis freáticos, sendo fundamental para o processo de recarga da bacia hidrográfica, ainda mais em uma situação de crise hídrica.

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